sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Post Cultural

Cultura era o que estava faltando em um blog que leva a minha assinatura. Blogueiros de todos os tipos tem isso em comum: fazer com que o blog tenha sua cara. E seria impossível que o meu blog tivesse a minha cara sem que tivesse alguns posts sobre cultura. A cultura de verdade (literatura, cinema, música, diversão), além da já familiar cultura pop, tão presente aqui, nas diversas reflexões que eu meto entre uma piadinha mal-sucedida e outra.
Por que eu, do alto da minha falsa modéstia de mentira, não poderia fazer de conta que eu não gosto de cultura. Todas elas. Ta certo que abomino a banda Calipso, torço o nariz para best-sellers e tenho igual pé atrás com filmes superproduzidos, mas no geral, sou bem eclético e respeito razoavelmente as diferenças entre um estilo e outro. Então, o que eu quero dizer com essa introdução desconjuntada, é que a cultura faz parte da minha vida, e de mim, e portanto eu não posso ter um blog sem que ela faça parte dele também, e não posso perder a chance de espalhar um pouco bons memes, mesmo sabendo que quem de fato vem ler isso aqui já deve estar, em maior ou menor grau, infectado pelo gosto do conhecimento, da cultura, da inteligência.

Como post cultural inaugural, hoje eu vou deixar minha opinião sobre alguns filmes que olhei nas férias. Aguardem para breve (ou não), post sobre livros, sobre jogos de computador, talvez um sobre música e outros sobre os assuntos culturais que me vierem na telha, quando eu não tiver causos como o do ônibus para contar ou uma opinião polêmica que eu tenha para discretamente compartilhar com vocês.

Hancock
Bem diferente dos demais filmes sobre super-herois. A idéia de um super-heroi (com essa reforma, como afinal se escreve super herói?) bêbado, que voa bêbado, e que causa furos gigantescos no orçamento do governo é uma coisa que ocorre a poucos de nós. A idéia do orçamento furado pode nos atingir quando vemos o super homem tocando um prédio em cima do vilão, mas só quando temos um senso crítico um pouco acima da média. Os efeitos especiais são ótimos, bem reais mesmo, e nos extras do DVD pode-se ver o quanto a tecnologia está no cinema: inventaram uma máquina, meio que uma esfera, e o ator fica dentro dela, fazendo as expressões que o diretor pedir; então, de vários pontos diferentes da máquina começam flashes e fotos (uma de cada vez, mas extremamente rápido), para ver perfeitamente como a pele do rosto reage com a luz. Segundo um dos carinhas que trabalha com isso, a pele não só reflete a luz, como também a refrata e a desvia, algo assim, que no mais quer dizer que não é brincadeira de criança fazer um rosto que pareça real no computador, mas que com aquela máquina isso pode ficar bem mais fácil.
Tecnologias à parte, eu sempre gosto dos filmes em que o Will Smith trabalha, e a moral desse filme é bem boa. Não posso dizer com certeza se as atuações são verossímeis, por que não sou a pessoa mais sensível do mundo para isso, mas posso dizer que se o filme não é ótimo nesse quesito, ele engana bem.

O Dia em que a Terra Parou
Os efeitos especiais desse são mais impressionantes do que os do Hancock, beeem mais, só que no resto deixa a desejar. A idéia é ótima, uma raça alienígena manda um representante para falar com os líderes mundiais sobre salvar a Terra. Mas é só isso. As demais surpresas durante o filme são derivações dessa idéia base. Comentei com alguns amigos que esse filme ficaria ótimo como um conto, ou uma noveleta, mas como filme... não foi tão feliz. Poderiam ter explorado mais o lado ficção científica do filme, que não teria ficado pesado.
Uma coisa que notei com esse filme, é que o Keanu Reeves de fato não é tão bom ator assim. Eu achei ótima a atuação dele no Matrix e nesse filme agora, por que aquela cara de nada dele combina com os papéis. Mas aquilo não atuação, é ele mesmo. Por isso que tantos falam mal dele. Não vou apedreja-lo, mas preferia o Christian Bale pra esse papel, como para qualquer papel dele.
Vale a pena assistir pelos efeitos, e por que a idéia é bem forte, o tipo que faz amantes de FC se emocionarem. Se tu não se propor a achar as falhas que apontei, você vai gostar bastante do filme.

Quebrando a Banca
Não é tão novo quanto os outros dois, mas ainda assim é recente. O que deixa a história de alunos gênios do MIT que usam a matemática para se dar bem no blackjack ainda mais fascinante, é que ela é real. O jeito que eles fazem para ganhar dinheiro existe e funciona, e de fato os cassinos não gostam disso. E amo de paixão filmes como esse, que fazem pensar sem ter lição de moral. Outros nesse rol são Número 23, Uma mente Brilhante e um que deu há poucos dias de madrugada na Globo, Kinsey: vamos falar de sexo.
Não há muito o que dizer desse filme. Nota dez, com nota extra se você for alguém que gosta de matemática tanto quanto eu. Se não gosta, depois de olhar esse filme talvez goste. Se não gostar de matemática depois de olhar o filme, provavelmente vai estar apaixonado por jogos de baralho.

Well, me estendi demais com esse post. Esse é um assunto tão simples de falar, e tão extenso! Com apenas três filmes, eu já excedi o tanto que eu escrevo em cada post. Se continuar, metade dos que me visitarem não vão ler metade desse post. Então por hoje é só.

Abraço!

2 comentários:

Kari disse...

Opa! Parece que a gente tem gostos diferentes... Mas eu já tinha percebido isso...
Sabe Marquinhos, é que eu não gosto de filmes de super heróis (ou sei lá como escreve isso agora) e de alienígenas... Acho ficção demais da conta, sabe? Eu gosto de ficção menos ficção... Deu pra entender? Mas enfim...

Entetanto, gostei da última dica e já anotei. Fiquei mesmo com vontade de ler. E gostei muito de Número 23 .

Um beijão pra tu!!!!

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
essa do onibussss!
isso era tipico de acontecer na minha fente!
eu vivo prometendo, mas um dia vou criar vergonha e contar meus causos em onibus!
cada um que vc nao imagina!
hahahaha
coitada da txia!

Eu baixei Hancock há mil seculos e nao vi ainda!
o restante nao me encheu os olhos nao!

*nao sei como é super-heroi, mas sei que "ideia" nao tem mais acento.
Que coisa, nao?
O.o

beijobeijoooo
:*