quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Happy Two Thousand Ten. Or Twenty Ten. Or Whatever.

Mais um ano se passou. Foi, como alguns dos seus antecedentes, o melhor até então exceto pelos seus defeitos o que, é claro, faz com que qualquer coisa seja a melhor de sua própria maneira, como o leitor lógico poderia apontar. Mas apesar dos pesares, foi um bom ano, muitos crescimentos e muitas perdas. Já falei em outra oportunidade sobre como é estranho ter que esperar um ciclo para analisar a vida, então nem vou comentar sobre o fato de que todo mundo está fazendo promessas agora, sendo que a única coisa que aconteceu foi que um planeta azul-esverdeado insignificante deu uma volta completa em um sol amarelo igualmente insignificante, e também não vou nem comentar no comentário sobre o fato de que não tem motivo nenhum para “começarmos” o ano nesse ponto da translação do nosso planetinha, e seria até mais legal e coerente com as atuais Divagações Em Copenhague da vida, se o ano começasse em 1° de abril, e não em 1° de janeiro.

Mas eu já desisti de lutar sem propósito por um mundo inteiramente racional, que não veja sentido em coisas que não têm sentido e que não invente propósitos para as babaquices que têm que ser feitas graças à nossa carga genética repleta de resquícios dos tempos das cavernas. Comer, com a tecnologia atual (ou com a tecnologia de aqui alguns anos) poderia ser substituído por, sei lá, pastilhas supervitamínicas que suprissem nossas necessidades energéticas; dormir poderia ser substituído por alguma coisa que limpasse nossa cabeça a cada período de 24 horas; aprender ficaria mais fácil com um chip na cabeça; mesmo o sexo poderia ser deixado de lado, se aprendêssemos a fazer in vitro, além da inseminação, também a gestação. Esse último item, como vêm, é um bom exemplo de por que não devemos pensar tão racionalmente (sexo nunca deixará de ser sexo). A emoção nos mantêm unidos à nossa humanidade, e viver totalmente sem ela não é lá uma escolha muito feliz. Comer, dormir, aprender e fazer sexo talvez mudem com o passar do tempo, mas quem o faz (nós) não muda, só o suficiente para deixar de agüentar ficar, por exemplo, uma semana sem internet.

Espero sinceramente que nesse ano tudo de bom ocorra a todos nós, e que a mensagem que eu sempre passo para todos (conhecer sempre mais e refletir são o caminho para uma vida mais plena de sensações e de felicidade no geral) possa realmente ultrapassar as barreiras cotidianas que existem entre as mentes das pessoas (no caso, a minha e a de vocês) e ultrapassar ainda a barreira inesperada que existe na minha estilística às vezes truncada, que nem sempre leva a compreensão de quem lê em primeiro lugar.

O que me lembra das minhas promessas para esse novo ciclo irracional: ser menos ranzinza com as pessoas, o que engloba também refletir antes de dizer as coisas que não podem ser desditas; ser mais observador e manter a língua no lugar mais seguro para ela, ou seja, dentro da boca, sempre que possível e suportável; dar importância maior para as coisas que têm importância maior; ser, genericamente, o menos desagradável que eu conseguir com os outros; continuar lendo de tudo, não é possível saber se há algo que você não conhece se você não procurar por esse algo (quando você achá-lo, já não será desconhecido, o que te propõe a continuar a busca); e por último, mas não desimportante, nem de maneira alguma fechando a lista já que esse lista contem com certeza muitos elementos omissos e que eu não vou me lembrar mesmo, tentar sempre melhorar a escrita, no que diz respeito a escrever para mim e também no escrever para os outros.

Bem, caros, era isso que eu queria escrever hoje, e está aí.

Bom 2010 a todos, que todos os seus desejos e mesmo as coisas boas que vocês esqueceram-se de desejar lhes aconteçam nesse novo ano que começa depois do Carnaval (até lá, bom Limbo de Férias Escolares para vocês!)