domingo, 25 de janeiro de 2009

Marcus, e o mundo dos Quem

É que eu quase não gosto de férias, né. A minha imersão na preguiça é tanta, que não foram poucas as vezes em que eu estive totalmente desorientado quanto ao dia da semana, que dirá, do mês. É bom demais essa ausência de preocupações, que me desprende perigosamente da realidade. Mais um pouco e vou estar quase ficando com saudade da rotina normal.
Enquanto a saudade não chega, eu estou aproveitando o meu ócio. Li a série Crepúsculo tão rápido quanto a minha voracidade desejou em seus sonhos mais obscuros; fiz tudo o que eu tinha pra fazer na internet, e estou agora sem mais nada pra fazer; estou dormindo em média dez horas por dia, com toda a consciência de que isso é bastante prejudicial a minha saúde; e a pilha de livros que eu arrumei durante o ano para ler agora já está pela metade, restando apenas aqueles que a capa não é lá essas coisas de atrativa. Agora, de fato, estou clamando por uma atividade útil.
Tanto ócio me permite fazer várias reflexões importantes, imprescindíveis para o bem estar da humanidade. Por exemplo, a pouco pude comprovar através de uma experiência bastante simples e por demais espontânea, que micróbios são verdade, e não algo que os fabricantes de latas hermeticamente fechadas querem que você acredite que exista.
Desde a metade do ano passado eu tomei uma atitude saudável quanto a água, bebendo o máximo que eu consigo todos os dias. Acabei tomando uma garrafinha de meio litro como meu xodó, a predileta, e passei a sempre tomar nela, no bico. Por mais que eu escove meus dentes, vocês sabem, nem eu sou perfeito, não consigo deixar minha boca imaculadamente limpa (risos). O resultado é que através do tempo, e de um asseio sumário com a garrafa que recebia meus germes bucais todo santo dia, acabou que se formou, no bocal dessa garrafa, uma colônia de bactérias. Elas seguiam o humanismo e eram altamente avançadas, tendo noções de arquitetura e uma religião que via a origem do universo no palato mole de um adolescente e achavam que o fim do mundo viria em uma era que eles chamavam de “A Chegada da Água Fervendo”. Tive que cometer uma espécie de genocídio, assassinando todos os germes a sangue frio e água quente, antes que eles me assassinassem (uau, quanto S numa palavra só).
Esse tipo de coisa (está no rol das reflexões sobre as baratas que fiz um post atrás), me mostra que minha cabeça não foi feita para períodos tão longos de calmaria, embora eu sei que ela aguenta muito bem mais umas duas ou três semanas antes de começar a falhar e ter alucinações e querer sair na rua pelado em protesto contra recessos escolares tão longos. Já me vejo rearrumando o quarto de forma diferente, mudando a ordem no banho (xampu-sabonete-escove-de-dentes, ou dentes-sabonete-escova-xampu-de?), fazendo palavras cruzadas ou aprendendo a escrever com a mão sinistra. Esse tipo de coisa me mantem ocupado quando mais nada parece capaz e, não bastasse isso, também previne o Alzheimer.

Não tenho nenhum motivo para postar hoje. Não que tenha motivo para postar alguma vez, em algum dia, mas hoje especialmente eu o faço apenas para silenciar minha mente, que não calaria a boca se eu não fizesse. Antes de dar crujcrujtchau eu ainda gostaria de chamar a atenção dos caríssimos e caríssimas para esse novo esquema do BlogSpot, que é ser seguidor de blogs. Não peço que vocês tenham parte em minhas opiniões religiosas e aspirações narcisistas virando seguidor (ou seguidora, eta linguazinha machista que é o português) daqui, mas se você gosta de ler as minhas linhas enquanto eu escrevo sobre essas coisas e outras coisas como bactérias na minha garrafa, então o certo a fazer é clicar ali. Isso vai inflar meu ego, e tornará muito mais prático para vocês saberem quando vir atrás de novidades aqui.

Enfim, abraços!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Minhas Caras Baratas

Mais cedo, à tarde, eu estava recompondo os líquidos perdidos ao longo do suplício que foi o dia de hoje no quesito calor, escorado na pia da cozinha bebendo uma garrafa de água a grandes goladas e olhando para fora através da janela basculante que tem lá. Entre um gole e outro, percebi uma pequena movimentação no pátio (a janela dá para os fundos da casa) e, com um pouco mais de atenção, notei que o protagonista do movimento que chamara a minha atenção foi um rato. Não um rato qualquer, mas um Rato, com H maiúsculo. E atrás dele, outro rato, tão grande ou maior que o primeiro, e mais atrás deste, ainda espreitando do buraco de onde eles vieram, um terceiro rato, parecendo ser o mais tímido deles. Fui até lá para ver a situação, ergui a pedra que tampa o buraco de onde eles saíam (não perfeitamente, pois se o fosse os ratos não teriam como sair), e só vi um fiapo de rabo descendo pelo cano. Não investiguei mais por que sou muito nojento, e maiores investigações demandariam maiores nojeiras, então declarei neutralidade em relação aos ratos. Pelo menos por agora, enquanto minha mãe não compra veneno para ratos. Ou um lança-chamas, o que vier primeiro.
Até lá, não terei roblemas com eles desde que eu não pegue leptospirose. O meu problema são as baratas, que não se sentem satisfeitas comendo a nossa comida depois de digerida, nos esgotos, elas precisam comer coisas frescas.
Nem tanto por comerem as coisas frescas, se fosse só isso, eu até poderia fazer vista grossa como faço com os ratos, só que elas tem aqueles montes de pernas, e antenas, e fazem barulho andando na madeira, e andam rápido, e insistem em fixar objetivos atrás de nós, para poderem, pérfidas, chegarem lá atravessando no meio das nossas pernas... Puro preconceito, eu sei. Você, amigo budista, vai dizer que todas as criaturas merecem uma chance de sobrevivência na Terra, e eu vou lhe responder que a chance de sobreviver que a barata tem é inversamente proporcional a chance de eu acertar-lhe uma chinelada. Muitos justo, não podes negar.
Mas por vezes nem a chinelada eu não tento. Por que, como eu falei mais acima, sou muito nojento, e acertar a barata com o chinelo implica em espalhar suas entranhas pelo chão, que implica em ter que limpar a sujeira, o que implica que eu tenho a forte opinião de evitar ao máximo aumentar a sujeira com uma poça de vômito, por que sou nojento e o estômago dos nojentos é fraco, assim como a força de vontade de fazer sujeira. Funciona assim: eu levanto de madrugada para beber alguma coisa. Enquanto bebo, olho a cozinha ao meu redor e vejo, lá, ela, espreitando meus movimentos para ver o que de comestível que eu deixarei ao alcance de suas patas. Então faço rapidamente uma conta de cabeça para decidir se a mato ou não. Levo em conta o estado gástrico em que me encontro, para ver se posso aguentar ver a morte de perto ou não. Levo em conta a idade relativa da barata, pelo tamanho; mas isso nunca é muito útil, pois, se for nova, tenho de matá-la antes que chegue a idade adulta para por ovos, e se for velha, tenho de matá-la por que pode ser que ainda tenha chance de matá-la antes de por ovos. As duas me levam a matar. Levo em conta mais dois ou três fatores randômicos, decididos na hora.
Então, se o lado assassino vence, preparo minha havaiana e PÁFT!, dou-lhe uma chinelada. Se não morreu, PÁFT!, outra chinelada. E dou quantas precisar, PÁFT! PÁFT! PÁFT!, até ela não se mexer mais. Se é no banheiro que a vejo, eu posso matar com desodorante aerossol, dependendo do grau da minha perversidade na hora.
Porém, se a preguiça e o estômago fraco vencem no meu julgamento, faço o possível para fazer de conta que não a vi, ficando com os olhos em cima dela de modo a me assegurar de que ela também quer manter as nossas relações pacíficas sem correr ou se esconder de mim. E para saciar a parte de mim que gostaria de vê-la morta, fico imaginando crueldades. Li a pouco tempo sobre um método de tortura oriental, que seria o canal para qualquer pessoa doente botar seu lado mal pra fora. Chama-se as Mil Mortes.
A brincadeira é basicamente assim: em mil papéizinhos, escrevem-se os nomes de mil órgãos ou partes do corpo diferentes. Um em cada papel. Depois tu bota tudo num pote, mexe bem, e sorteia o primeiro papel. Digamos que nele diga "orelha esquerda". Muito bem, tu vai lá, e arranca a orelha esquerda de quem quer que seja o infeliz que tu esteja torturando. Depois "rim direito", "olho esquerdo", "dedo mindinho", e assim por diante. Chegará um momento que o dito cujo estará rezando para que você tire do pote um papel que lhe faça retirar algum órgão vital, para acabar de uma vez com aquilo. Divertido, não? Acho os orientais criativos pra caramba.
Mas, como eu dizia, quando eu não mato as baratas mesmo, imagino coisas como essa. Mas só imagino, por que não teria perícia para arrancar as partes nem visão para isso: dos meus cinco olhos, um é fechado e não enxerga nada, dois enxergam mal e os outros dois são de vidro e não enxergam sozinhos.
Outra coisa que eu penso, tirando essa parte assassina das mil mortes, quando vejo uma barata, é que elas podem até merecer certo respeito. Por que, afinal, serão elas que herdarão a Terra depois que nós, humanos, seres altamente complexos, nos autodestruirmos em uma guerra nuclear. É aquele papo de que elas são altamente resistentes à radiação, e tal. O respeito, claro, não vai muito longe. Grande coisa que elas aguentam radioatividade. Eu, que não aguento, suporto muito bem chineladas, não vivo de restos e creio ser resistente ao veneno para baratas também (se bem que não estou de modo algum inclinado a provar essa tese). No fim, a única barata que merece respeito, é a Megaloblata Longipennis (repare o nome), que é a maior: 30 centímetros do que há de melhor na arte da baratinagem. Não só respeito, temos de ter até temor dessa Godzilla ticuda. Imagina, vocês tentando matar ela, com um chinelo provavelmente menor? Pois é.

Mas enfim, o que eu quero dizer é que detesto seres que vivem em esgotos, sejam baratas, ratos ou crocodilos geneticamente modificados. Asco é uma palavra com pouco valor semântico para a ideia que quero passar. Mas fica aí a ideia, e os meus sinceros votos de que, para os sobreviventes da Terceira Guerra Mundial, reste, pelo menos, um inseticida ou um chinelo decente.

Abraço!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Pensamento e Livros emocore

Graças ao fim da ressaca do reveillon, a agitação da vida voltou à internet, e às ruas. Pessoas felizes, mas no fundo desanimadas, voltam ao trabalho, enquanto eu, feliz estudante, ainda gozarei de dois meses de férias e mais um pouco. Mais dois meses dormindo tanto quanto eu mesmo não considere insalubre, comendo nas horas que eu mesmo não considere estar dormindo e lendo ou escrevendo nas horas que eu mesmo não considere estar comendo. De forma simples, minhas férias se resumem a isso.
Mas eu não sou simples, embora tente ser humilde e modesto. Mais da metade dos títulos que eu havia imaginado para o blog em sua nova fase fazia alusão à complexidade. Optei por um título que fizesse alusão às consequências (sequelas, que a propósito, fica bem sem graça sem o trema) da meditação, por que eu realmente tenho várias horas voltadas para o meu íntimo, e não raro saio de lá com a mente aberta a uma nova idéia (amém, Einstein). Isso, por si só, dá um chute na poupança da simplicidade e a expulsa do meu saloon, como nos filmes. Recomendo fortemente para todos que dediquem alguns minutos do dia, não necessariamente sempre à mesma hora, pois estas coisas funcionam mais através da vontade do dono da mente meditativa em questão, para de fato pensar nas questões mais fundamentais: De onde viemos? Para onde vamos? O que vai ter de almoço?
Agora, sem brincadeiras. Acho de verdade o pensamento profundo muito saudável, e bastante útil para vermos a vida de uma forma diferente. Portanto, desapegue-se das amarras da tradição e do preconceito, e passe a pensar verdadeiramente em por quê, por exemplo, existe o preconceito. Pense nas pessoas que o praticam, nas pessoas que o sofrem, nos tipos diferentes de preconceito, nos preconceitos que você mesmo tem e justifique-os. Nesta parte, se funcionar com vocês como funcionou comigo, vocês vão perceber que o preconceito não se justifica, exatamente por que ele não tem uma base racional para existir. É apenas uma idéia boa em se propagar, em infectar mentes com preguiça de fazer esse tipo de autoquestionamento e, infelizmente, já provocou e provoca ainda muito sofrimento. Pense nisso. As sequelas serão agradáveis.

Agora que já abordei uma questão importante pra hoje, posso abraçar-me alegremente naquilo a que os blogs inicialmente se propõem, que é falar do seu próprio dono.

O ano passado foi de grandes provações e de muito amadurecimento emocional e intelectual. Me senti triste algumas horas, no entanto a alegria predominou na maior parte do tempo. A escola ocupava uma boa parte do meu tempo e 90% da minha cabeça, já que eu não queria decepcionar a pessoa que eu mais amo nesse mundo inteiro: eu. Tanto esforço foi recompensado com boas notas, acima das minhas próprias expectativas. Em contrapartida, esse mesmo esforço que me presenteou com o prazer de um objetivo alcançado foi o que trouxe também um grande cansaço físico e mental pra mim, e em suma é por isso que essas estão sendo as minhas melhores férias até agora.
Como falei no início do post, estou dormindo, comendo, lendo e (bem pouco) escrevendo ao meu bel prazer. É maravilhoso. Dizer que estou nas nuvens seria insultar a altura a que essas atividades me levam. Notei, hoje mesmo, que o único revés das leituras é as despesas com livros. Ontem e hoje me dei de presente alguns livros novos, o que sugou quase todo o dinheiro que eu ganhei no meu aniversário, Natal e Ano-Novo. E, como vocês não sabem, mas devem imaginar, minha única fonte de renda são presentes e a mesada da minha vó. A bolsa que eu ganho em um curso de matemática que eu faço deveria ajudar, mas minha mãe é detentora dos direitos de ir e vir da conta e eu mesmo ainda não tive necessidade de mexer lá. A lógica que me faz não me sentir nauseado com esses gastos é a de que eu não preciso me sustentar, portanto se eu não gastar com isso, vou gastar com o quê? Nunca curti drogas, e meu namoro não faz nenhum estrago no orçamento, então gasto em livros mesmo.
Estou no segundo livro da série Crepúsculo, da Stephenie Meyer, autora nova. Apesar de encabeçar todas as listas possíveis dos mais vendidos e já ter até virado filme, é um ótimo livro. Mais viciante que Harry Potter, mais triste que Caçador de Pipas e mais emocionante que o Código Da Vinci. Devorei o primeiro da série e no dia seguinte ao que eu terminei de lê-lo, já fui comprar a sequência. É tão bom, que na noite em que ia terminar de ler ele, limpei o óculos com tal entusiasmo que uma das hastes caiu fora, a lente acompanhando-a alegre logo em seguida. Caráleos, pensei. Juntei as peças, e, com a ajuda de um adulto (isso não lembra os programas infantis que ensinavam a fazer coisas com tesoura sem ponta?), colei as partes com fita adesiva, e deste modo terminei de ler o livro. Nas três horas que se seguiram, eu não consegui dormir, e pesquisei na internet o preço médio do livro Lua Nova, que é o seguinte da série. Na manhã do outro dia fui no Centro para levar o óculos no conserto, e já passei na livraria perguntando o preço do tal livro. Passei a tarde sem ler coisa nenhuma, sem meus olhos reserva. Poderia ter lido, com o óculos antigo, mas nao me animei. Quando chegou a hora de buscar o óculos, desci lépido para o Centro. Comprei o livro, e na ótica, tendo que esperar o óculos ficar pronto, li o primeiro capítulo inteiro sem óculos, e me senti o deus grego da autossuficiência.
De filmes, olhei Hancock, a trilogia Piratas do Caribe, um American Pie dos novos, Quebrando a Banca e mais um que eu não vou lembrar agora. Todos ótimos, recomendo também.

Era isso, crianças, vou nessa.

Pensem sobre o que eu disse e tchau!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

The Ghost Town

A situação atual da internet me remeteu a um jogo que eu era viciado a alguns verões: GTA San Andreas. Não vou falar do jogo, apenas do aspecto que me fez lembrar dele. Eu usava uma trapaça (tá, ok, ninguém é perfeito) que deixava totalmente sem ninguém as ruas do jogo. A trapaça era GHOSTTOWN (cidade fantasma) e era especialmente útil para andar nas ruas a altas velocidades sem o perigo de "esbarrar" em alguém (e claro, estraçalhá-lo e estraçalhar-se no processo). A internet está assim, sem ninguém, nenhuma atualização seja no orkut seja na blogosfera.
Coisa mais triste era eu indo de página em página do orkut, procurando algo novo, que piscasse, ou que eu ainda não tivesse visto. Os últimos posts nas comunidades que eu frequento eram todos meus, e não foram poucas as vezes que eu fui numa comunidade, depois de ver que ela tinha sido atualizada, crente de que havia algo além de vento e de mim na rede, e o que eu vejo? Um post meu, é claro.
Em tempos de orkut novo e blog novo, é ainda pior, por que no orkut eu adicionei zilhões de pessoas e grande parte delas ainda está como convite em aberto, e no blog só recebi até agora comentários da Kari. Logo agora, que eu estou tão bem disposto com o blog! Por sorte, ainda tenho os comentários dela, uma das poucas que nunca me deixou por inteiro, mesmo quando parecia que eu nunca mais ia dar o ar da graça por aqui. Obrigado, de novo, Kari!

Acho que eu sou o único que não ficou de ressaca depois do Reveillon. Passei ele na casa de uma das sócias do salão de beleza da minha mãe, e foi tudo de bom. Cheguei a pisar em cocô de cachorro durante os fogos, e espero que isso signifique dinheiro, ou no mínimo um tênis novo.

Nada mais a dizer, infelizmente, hoje postei só por vontade de mexer um pouco com as teias do teclado, que ainda não se acostumou com o dono novo. Como eu falei, comprei um PC novo, e o teclado novo é bem diferente, mais duro, e as vezes o espaço e a letra P não saem. Vou me dar um novo quando sobrar dinheiro, até lá, relevem se faltar alguma letra aí, e tenham em mente que não foi por fome que comi elas.

Meus votos de que todos voltem à ativa logo.

Abraço!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

De Novo, Um Recomeço

Não é a primeira vez que eu faço uma mudança de blog. Creio que todos, ou grande maioria, já me liam quando eu estava em outros lugares. Pois bem, mais uma agradeço a lealdade que vocês demonstram por mim ao me seguir apesar dessas constantes mudanças de ares.
As coisas que me levaram a mudar para cá são as seguintes:

1) Não que eu acredite em "forças negativas", mas na falta de uma explicação sicologicamente mais simples vai essa mesmo. O outro blog estava por demais associado à idéia da obrigação de escrever, o que, embora estimule muitos a continuar postando, é extremamente broxante e não me inspira nem um pouco.

2) Outra causa puramente psicológica é que eu sentia a necessidade de mudança para refrescar os neurônios e dar a eles maior liberdade para criar (até aqui tem funcionado).

3) Tão idiota quanto as outras duas é essa última: o título. Como foi o Antônio quem me deu o primeiro impulso para criar um blog (amém, muitississíssimo obrigado), o título do blog foi na linha das interjeições, tal qual o dele, e isso meio que manteve um vínculo que auxiliou-me até um momento, mas que a partir desse tal momento me refreou, sei lá por quê, ninguém é mestre absoluto das coisas que se sucedem entre as próprias orelhas. Então criei esse blog novo, para tentar um novo caminho, voar com as próprias asas, e finalmente deixar o ninho quemomentista (risos), tirando um peso virtual das costas do meu irmão-por-escolha. E quero sinceramente pedir que ninguém insinue que eu fui mal-educado ou insensível ao fazer isso ou dizer aquilo, por que o Antônio é um dos que eu tenho em mais alta conta, excetuando-se dessa regra da insinuação ele próprio, que sabe que pode vir me falar se não gostar de algo.

E o título até rende um parágrafo ou dois. Não o título mesmo, mas a busca por ele.
Eu estava a meses ansiando pela criação de um novo blog, desde as férias de inverno mais ou menos. Como eu era (notem o uso do pretérito - é que eu espero ter deixado essa caracteristica para trás, e farei tudo o que puder para que isso seja verdade) muito procrastinador, acabei deixando para agora essa tarefa. Tinha um título em mente, que era, na minha concepção (e até onde eu sei desses assuntos, no fim é minha concepção mesmo que importa), muito bom, e só não o digo aqui para que não desprezem o título atual tão penosamente encontrado, mas quando fui ver no Google se já existiam blogs com aquele nome minhas suspeitas tenebrosas se confirmaram: existiam pelo menos 6, não lembro exatamente quantos, mas para mim qualquer número diferente de zero já era um blog com nome igual, e isso não pode. Atentem para o fato de que estava incubando esse título há meses, e não poder usá-lo não foi uma das minhas mais agradáveis experiências.
Recuperado do choque, adentrei mais uma vez no meu cérebro na demanda por um título razoável. E pouco tempo depois voltei com a luminosa idéia de botar por título algo relacionado com a escrita, ou com a Língua Portuguesa, pouco importava. Mas depois de procurar um pouco mais, notei que não fui o único a ter a tal luminosa idéia. É de espantar quantos blogs tem como título "Etc" ou "Reticencias". Tentei "Et Caetera", e existe também. "Três Pontinhos" não faz exatamente o meu tipo, embora não tenha preconceito nenhum. A propósito, uma hora dessas falarei sobre isso; até lá, fica dito aqui que certas atitudes, de minha parte, que alguém pode achar preconceituosas, só o são por que gosto de ter muitos amigos, e gosto dos meus amigos, apesar de que alguns são preconceituosos (mesmo afirmando o contrário) suscitando em mim essas atitudes que falei a pouco. Explico melhor: as vezes para manter um amigo é preciso evitar, por exemplo, falar de novela; por que isso pode provocar nele uma onda de homofobia e aos poucos ele vai deixando de ser seu amigo de verdade. (Por incrível que pareça, essa atitude que descrevi agora, mesmo tendo outro objetivo, pode parecer preconceituosa a olhos novos. Então, se a leitura deste pedaço de parágrafo por acaso faz com que você tenha uma imagem negativa de mim, esqueça o que leu. Se não, ótimo! Meu objetivo foi alcançado. E se nem entendeu esse meu texto truncado, tão melhor que a primeira opção).
Voltando ao título.
Depois de esquecer a idéia luminosa, pus-me a escrever todos os títulos que me vieram à cabeça, mesmo os mais estapafúrdios que eu tinha certeza que não sairiam do papel. Ao final dessa brainstorm, eu tinha 16 títulos no papel. Risquei alguns, descobi que outros já existiam (é pessoal, o número de blogs cresce a cada dia: concorrência pra caramba) e no fim optei por este, tão a ver comigo. Na minha concepção, é claro, por que talvez vocês achem "MasAhh" mais a minha cara. É uma questão de ponto de vista, e depois de pensar muito, uma sequela do pensamento é que a minha opinião importa bastante pra mim.

Finalizando, quero dizer que só não faço a lista habitual de primeiro post explicando os assuntos que falarei aqui por que "definir-se é limitar-se" e creio que não haja um assunto que não possa ser abordado.

Um feliz 2009 para todos nós, e vida longa ao Sequelas!

Abraço!