sábado, 10 de janeiro de 2009

Pensamento e Livros emocore

Graças ao fim da ressaca do reveillon, a agitação da vida voltou à internet, e às ruas. Pessoas felizes, mas no fundo desanimadas, voltam ao trabalho, enquanto eu, feliz estudante, ainda gozarei de dois meses de férias e mais um pouco. Mais dois meses dormindo tanto quanto eu mesmo não considere insalubre, comendo nas horas que eu mesmo não considere estar dormindo e lendo ou escrevendo nas horas que eu mesmo não considere estar comendo. De forma simples, minhas férias se resumem a isso.
Mas eu não sou simples, embora tente ser humilde e modesto. Mais da metade dos títulos que eu havia imaginado para o blog em sua nova fase fazia alusão à complexidade. Optei por um título que fizesse alusão às consequências (sequelas, que a propósito, fica bem sem graça sem o trema) da meditação, por que eu realmente tenho várias horas voltadas para o meu íntimo, e não raro saio de lá com a mente aberta a uma nova idéia (amém, Einstein). Isso, por si só, dá um chute na poupança da simplicidade e a expulsa do meu saloon, como nos filmes. Recomendo fortemente para todos que dediquem alguns minutos do dia, não necessariamente sempre à mesma hora, pois estas coisas funcionam mais através da vontade do dono da mente meditativa em questão, para de fato pensar nas questões mais fundamentais: De onde viemos? Para onde vamos? O que vai ter de almoço?
Agora, sem brincadeiras. Acho de verdade o pensamento profundo muito saudável, e bastante útil para vermos a vida de uma forma diferente. Portanto, desapegue-se das amarras da tradição e do preconceito, e passe a pensar verdadeiramente em por quê, por exemplo, existe o preconceito. Pense nas pessoas que o praticam, nas pessoas que o sofrem, nos tipos diferentes de preconceito, nos preconceitos que você mesmo tem e justifique-os. Nesta parte, se funcionar com vocês como funcionou comigo, vocês vão perceber que o preconceito não se justifica, exatamente por que ele não tem uma base racional para existir. É apenas uma idéia boa em se propagar, em infectar mentes com preguiça de fazer esse tipo de autoquestionamento e, infelizmente, já provocou e provoca ainda muito sofrimento. Pense nisso. As sequelas serão agradáveis.

Agora que já abordei uma questão importante pra hoje, posso abraçar-me alegremente naquilo a que os blogs inicialmente se propõem, que é falar do seu próprio dono.

O ano passado foi de grandes provações e de muito amadurecimento emocional e intelectual. Me senti triste algumas horas, no entanto a alegria predominou na maior parte do tempo. A escola ocupava uma boa parte do meu tempo e 90% da minha cabeça, já que eu não queria decepcionar a pessoa que eu mais amo nesse mundo inteiro: eu. Tanto esforço foi recompensado com boas notas, acima das minhas próprias expectativas. Em contrapartida, esse mesmo esforço que me presenteou com o prazer de um objetivo alcançado foi o que trouxe também um grande cansaço físico e mental pra mim, e em suma é por isso que essas estão sendo as minhas melhores férias até agora.
Como falei no início do post, estou dormindo, comendo, lendo e (bem pouco) escrevendo ao meu bel prazer. É maravilhoso. Dizer que estou nas nuvens seria insultar a altura a que essas atividades me levam. Notei, hoje mesmo, que o único revés das leituras é as despesas com livros. Ontem e hoje me dei de presente alguns livros novos, o que sugou quase todo o dinheiro que eu ganhei no meu aniversário, Natal e Ano-Novo. E, como vocês não sabem, mas devem imaginar, minha única fonte de renda são presentes e a mesada da minha vó. A bolsa que eu ganho em um curso de matemática que eu faço deveria ajudar, mas minha mãe é detentora dos direitos de ir e vir da conta e eu mesmo ainda não tive necessidade de mexer lá. A lógica que me faz não me sentir nauseado com esses gastos é a de que eu não preciso me sustentar, portanto se eu não gastar com isso, vou gastar com o quê? Nunca curti drogas, e meu namoro não faz nenhum estrago no orçamento, então gasto em livros mesmo.
Estou no segundo livro da série Crepúsculo, da Stephenie Meyer, autora nova. Apesar de encabeçar todas as listas possíveis dos mais vendidos e já ter até virado filme, é um ótimo livro. Mais viciante que Harry Potter, mais triste que Caçador de Pipas e mais emocionante que o Código Da Vinci. Devorei o primeiro da série e no dia seguinte ao que eu terminei de lê-lo, já fui comprar a sequência. É tão bom, que na noite em que ia terminar de ler ele, limpei o óculos com tal entusiasmo que uma das hastes caiu fora, a lente acompanhando-a alegre logo em seguida. Caráleos, pensei. Juntei as peças, e, com a ajuda de um adulto (isso não lembra os programas infantis que ensinavam a fazer coisas com tesoura sem ponta?), colei as partes com fita adesiva, e deste modo terminei de ler o livro. Nas três horas que se seguiram, eu não consegui dormir, e pesquisei na internet o preço médio do livro Lua Nova, que é o seguinte da série. Na manhã do outro dia fui no Centro para levar o óculos no conserto, e já passei na livraria perguntando o preço do tal livro. Passei a tarde sem ler coisa nenhuma, sem meus olhos reserva. Poderia ter lido, com o óculos antigo, mas nao me animei. Quando chegou a hora de buscar o óculos, desci lépido para o Centro. Comprei o livro, e na ótica, tendo que esperar o óculos ficar pronto, li o primeiro capítulo inteiro sem óculos, e me senti o deus grego da autossuficiência.
De filmes, olhei Hancock, a trilogia Piratas do Caribe, um American Pie dos novos, Quebrando a Banca e mais um que eu não vou lembrar agora. Todos ótimos, recomendo também.

Era isso, crianças, vou nessa.

Pensem sobre o que eu disse e tchau!

4 comentários:

Kari disse...

Opa! "...meu namoro não faz nenhum estrago..."???
HUM!!!!! Mas logo vai começar a fazer, viu? hehehehehe
Tô brincando... Mas que bom que tu tá namorando guri!!!!!

Quanto aos pensamentos, já os tive. Os tenho vez ou outra e sim, o preconceito não serve de nada e surge de uma forma ridícula. Odeio ele e quem o sente.

Quanto aos livros, que legal que estas lendo em... É bom demais, né? E os filmes... Eu tenho a trilogia Piratas do Caribe e é bom demais... Aff

Ah! Quanto ao poema que escrevi. Gostei porque ele pareceu ambiguo e profundo, mas, quando escrevi, estava mesmo pensando na chuva. É que achei que estava chovendo, mas quando fui olhar lá fora, estava tudo escuro e vazio...

Um beijão pra tu e continua curtindo as férias aí!!!

Anônimo disse...

Óculos colados com fita adesiva? sei não, isso me lembra mais um best-seller juvenil sobre um menino-bruxo...

mas, como é o tal Crepúsculo?, quero dizer, o livro. Assisti o filme e não gostei não, mas já ouvi bons comentários sobre o livro, então ainda tenho esperanças de que a incompetência foi toda dos atores e produção do filme.

E parabéns pelo blog novo! O título é bacana, parece nome daquelas coletâneas de crônicas.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Candy disse...

Coisinha pequenaaaaaa!
repito a exclamação de Kari.
Namorando?!
:o
huhuhu
ta bombandoooo, hein?
\o/

Pois é... to querendo ler esses livros só que cade dinheiro pra comprar?
=/

Quanto ao pensamento profundo, eu tb gosto...
domingo mesmo eu fui a praia a noite e fiquei olhando a lua com o mar e filosofando sobre a importancia de nós, reles mortais, nessa terra... é tudo tão complexo e nós ainda vivemos para aumentar essa complexidade, essa cadeia enorme que é a vida.
Enfim, to falando besteira já.
Foi só pq concordei com teu pensamento.

*isso da mudança do portugues ta tirando minha paciencia
¬¬


beijooo, namorador mais lindo!
:*